Meus amigos, lanço textos interessantes sobre o Japão. Espero que curtem:
“Os interesses expansionistas do Japão e dos Estados Unidos por determinadas regiões e países da Bacia do Pacífico, a partir da década de 1930, levaram essas duas nações a um confronto militar direto, durante a Segunda Guerra Mundial.
Ainda que tenha vencido diversos combates, o Japão acabou arrasado pelos ataques das forças militares dos Estados Unidos e de outras nações, como a Inglaterra, França e URSS, os chamados países aliados. Dessa forma, ao final da guerra, em 1945, o Japão se encontrava falido,com cidades, estradas, portos e lavouras destruídos e, consequentemente, com sua economia desestruturada. A rendição definitiva do Japão aconteceu somente após os Estados Unidos detonarem duas bombas atômicas, em agosto de 1945: uma sobre Hiroshima e outra sobre Nagasaki, cidades ao sul do território japonês. Essas bombas mataram cerca de 200 mil pessoas instantaneamente e outras milhares nos dias seguintes às explosões.”
[Boligian, Levon e outros. Geografia: Espaço e Vivência, 9º ano, Atual Editora, SP, 2009].
“Até há pouco tempo, a trajetória dos dekasseguis [a palavra quer dizer ‘trabalhadores temporários’] brasileiros que foram para o Japão e a dos seus antepassados, imigrantes japoneses que vieram para o Brasil, guardavam uma única diferença: ao contrário dos japoneses, que décadas depois da chegada ao país estavam definitivamente estabelecidos, os brasileiros que foram para o Japão continuavam se considerando – e sendo considerados – residentes temporários em terra estrangeira. Para especialistas, essa diferença acabou. Autor de um estudo sobre a comunidade brasileira no Japão, Pedro Corrêa Costa, vice-cônsul do Consulado do Brasil em Tóquio, afirma que os sinais de que os brasileiros estão se fixando definitivamente por lá são tao evidentes que eles não podem ser chamados mais de dekasseguis.
Não que os brasileiros tenham isso muito claro: em todas as pesquisas em que se pergunta se pretendem voltar para o Brasil, a resposta é, quase sempre, sim. Hoje, no entanto, poucos se arriscam a dizer quando se dará essa volta, como ocorria até a década passada. Atualmente, a resposta mais comum é: ‘Um dia’. Os números, porém, indicam que a situação dos brasileiros no Japão está na contramão do desejo que a maioria professa: a paridade entre homens e mulheres na comunidade tem aumentado, assim como o número de crianças e idosos – indicativos demográficos clássicos de tendência de assentamento. Além disso, aumentou exponencialmente o número de brasileiros com visto permanente japonês: eram 9000 há sete anos, contra 63000 hoje. Ao contrário do visto temporário,o permanente não exige renovação periódica e não estabelece limite máximo de permanência no país.
[...] Embora a população de brasileiros no Japão continue aumentando, em breve ela atingirá o seu teto e se estabilizará. Uma parte ficará, então, definitivamente no arquipélago. Lá, produzirá descendentes que chamarão o Japão de terra natal – e, para eles, o Brasil será aquele país distante, onde tudo começou.”
[Revista Veja, Versão On-line, www.veja.abril.com.br, São Paulo, Editora Abril, fevereiro de 2009].
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