quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Senador Kennedy morreu aos 77 anos

Bem, amigos, nesta quarta feira, dia 26 de agosto, morreu o líder político do clã dos Kennedy, o senador democrata, pelo estado de Massachusetts, Estados Unidos, Edward Fitzgerald Kennedy, aos 77 anos de idade, vítima de um câncer cerebral.
Ted Kennedy, como era conhecido, era o último irmão vivo de uma das famílias mais tradicionais na política estadunidense, tendo os seus irmãos, John e Robert, sido assassinados na década de 1960. John, eleito presidente norte-americano em 1960, foi assassinado três anos depois, no Texas, e Robert, senador como Ted e pré-candidato a presidência do país em 1968, foi assassinado neste mesmo ano.
Segundo o presidente Barack Obama, Ted era um sábio conselheiro no Senado, onde sempre encontrava tempo para ajudar um colega mais novo, recém-chegado, e que foi fundamental na sua disputa presidencial vitoriosa. Para Obama, ele era o maior senador da História americana recente, além de ter sido o que mais tempo ficou no Parlamento, desde 1962. O senador Kennedy, de acordo com o site G1, ganhou fama como um congressista agressivo, sendo um lutador por causas como migração, direito ao voto, reforma da saúde e controle de alimentos.
A família Kennedy sempre teve um "glamour" em torno de seus membros, considerada por muitos como uma espécie de família real norte-americana. O mais interessante que o glamour e sua importância político-histórica, andam de "mãos dadas" com os escandalos que rodeiam o clã. O patrirca Joseph Kennedy, um descendente de irlandeses, enriqueceu com a venda de bebidas, durante a Lei Seca, entre as décadas de 1920 e 1930. Os irmãos John e Robert foram amantes de Marilyn Monroe. Havia suspeita de JFK ainda ter algum tipo de envolvimento com a máfia, através da amizade com Frank Sinatra. O próprio Ted acabou sofrendo um grave acidente de carro, no início da década de 1970, onde uma jovem [pela versão, uma secretária dele] acabou falecendo.
Enfim, mesmo com todas as controvérsias, aqui registramos a nossa homenagem ao último de uma geração que fez História. Segue o comentário da jornalista Lucia Hippolito na rádio CBN:

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Novo barraco no Senado

É, meus amigos, mais uma vez o barraco ocorreu no nosso grandioso Senado. Está até difícil escrever de outra coisa aqui, a não ser do Senado. Em nenhum momento da História brasileira, o Senado foi alvo de tantos escândalos envolvendo o seu glorioso nome, ao ponto de muitos discutirem a validade de sua permanência.
O Senado que seria a câmara alta do nosso Parlamento, ou seja, do nosso Poder Executivo, algo semelhante à Câmara dos Lordes na Inglaterra, foi criado ainda no período imperial, a partir da constituição de 1824, no governo de d. Pedro I, e tem como função maior ser um espaço onde os temas de importância nacional e, atualmente, que envolvem a República, deveriam ser debatidos por nossos ilustres senadores, com uma grande diferença em relação à câmara baixa, a Câmara dos Deputados: todos os estados da Federação são representados de forma igualitária com a mesma quantidade de congressistas, três por estado, totalizando 81 senadores.
Durante sua história, o Senado sempre foi a câmara de maior prestígio, até pelo fato de abrigar os mais ilustres políticos de nossa História, como Nelson Carneiro, Getúlio Vargas, Luís Carlos Prestes e tantos outros. Em vários outros momentos, onde escândalos assolavam o nosso Congresso Nacional, o Senado sempre esteve preservado, e a "bomba" atingia à Câmara dos Deputado. O caso mais recente foi o Mensalão.
Mas, nos últimos dez anos, sua situação só piorou, com escândalos em cima de escândalos. Com os escândalos dos Atos Secretos, e toda a problemática que envolveu a Casa desde a eleição de José Sarney, não houve uma semana que a paz tivesse reinado, nem no recesso parlamentar.
O último barraco aconteceu hoje evolvendo o tranquilo senador paulista, Eduardo Suplicy, que defendera a saída de Sarney da presidência. Veja o video, exibido pelo site da UOL:

Especial I - 55 anos do suicídio de Getúlio Vargas


Bem, meus amigos, estamos lembrando nesse 24 de agosto, cinquenta e cinco anos do suicídio do presidente Getúlio Vargas, considerado por muitos como o melhor e maior presidente que o nosso país já teve. Chamado de "pai dos pobres", Vargas foi o governante que mais tempo ficou no poder, durante o período republicano, em dois momentos: entre 1930 e 1945, após o golpe realizado por ele mesmo, contra o presidente Washington Luís, em outubro de 30; e entre 1951 e 1954, quando assumiu a presidência, após ser eleito pelo povo.
Agora, o que representou a "Era Vargas", período que se prolonga, de alguma forma, até os dias de hoje? Odiando ou amando Getúlio, é inegável reconhecer a sua importância para o país, pois grandes realizações foram feitas por ele: a legislação trabalhista tomou corpo durante o seu governo, em especial após a Constituição de 1934; construiu a estrutura inicial da industrialização brasileira, criando indústrias nacionais e estatais, como a Petrobras, Vale do Rio Doce, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (o BNDE, que depois virou BNDES, ao acrescentarem Social na sigla).
Diferente de Juscelino, também considerado por muitos como o maior estadista republicano de nossa História, Vargas promoveu um desenvolvimento voltado para o nacional, algo que desagradou e muito parte de nossa elite, representada pela UDN [origem partidária do atual DEM]. Esta insatisfação elitista, somada a outros fatores, como algumas medidas tomadas pelo seu ministro do Trabalho, João Goulart [que depois também viraria presidente do país, num período mais conturbado ainda], levou a uma crise que restaria pra ele a renúncia, caso não quisesse perder o poder num golpe militar.
Mas, Getúlio Vargas, demonstrou ser muito mais astuto do que seus adversários. Na manhã de 24 de agosto de 1954, ele atira contra o próprio peito, atingindo o coração, e se tornando o mártir republicano, quase um santo popular. Atingiu o peito esquerdo, mas também os seus adversários, encabeçados por Carlos Lacerda, jornalista e dono do "Tribuna da Imprensa".
Getúlio, como ele próprio diz, "sai da vida para entrar para a História". Realmente, conseguiu calar temporariamente seus adversários e se perpetuar como o grande patrono dos trabalhadores, muito maior que o próprio Lula.

Veja em seguida a Carta Testamento de Getúlio Vargas:

"Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se novamente e se desencadeiam sobre mim.
Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes. Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao Governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar a liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculizada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre. Não querem que o povo seja independente.
Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores de trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançaram até 500% ao ano. Na declaração de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia a ponto de sermos obrigados a ceder.
Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo a mim mesmo, para defender o povo que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no meu pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão. E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate.
Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na história

24 de agosto de 1954

Getúlio Vargas"


Fonte: Redeglobo.globo.com
Paz e Bem para todos.
Dominus Vobiscum !!!

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Marina Silva deixa o PT

É amigos, o PT perde mais um de seus quadros importantes, históricos, que estão se afastando do partido por causa de discordância com o caminho que o mesmo está tomando no cenário político brasileiro. Dessa vez, foi a senadora acreana Marina Silva, que mesmo estando no partido desde sua fundação, de ter sido ministra do Meio Ambiente no governo Lula e ser senadora por vários anos, além de ser uma fantástica expoente na questão ecológica do país, preferiu se desligar da sigla petista.
Na realidade, infelizmente, vemos que o PT vem aos poucos tendo bons quadros tomando a mesma atitude. Desde que o partido deixou de ser oposição e passou a ser situação, tendo que fazer concessões ao fisiologismo coronelista presente na grande parte dos partidos da base do governo, se envolvendo no escândalo do Mensalão, apoiando descaradamente, através de seu líder supremo, a corja dominante do Senado Federal, o PT aos poucos perde o seu rumo como um partido da ética, símbolo de mudança e o possível responsável por transformar o nosso país numa referência mundial de igualdade entre ricos e pobres.
Muitos que estavam no partido desde a sua fundação, a partir dos eventos abomináveis que ocorreram no primeiro governo Lula, começaram a se afastar dele e se filiar a outros partidos, como ocorreu com o senador do DF, Cristóvam Buarque, e do também senador, o paranaense Flávio Arns, que pedirá ao Judiciário à sua desfiliação, além daqueles que preferiram criar um outro partido, o PSOL, como são os casos de Heloísa Helena, atual vereadora em Maceió (AL) e o deputado federal Chico Alencar (RJ).
Marina Silva poderá ser uma grande ameaça aos planos petistas de eleger o sucessor de Lula, a ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, uma vez que um dos pilares da campanha lulista é justamente por Dilma ser mulher, algo que a Marina também é, obviamente. Já existem grandes expectativas para que isso ocorra, pelo Partido Verde (PV), provável sigla que a senadora se filiará.
Veremos os próximos lances para ver se realmente ameaçarão os planos do presidente Lula.
Paz e Bem para todos.
Dominus Vobiscum!!!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Poder de Fogo

Amigos, mudarei o enfoque de minhas postagens, saindo dessas questões relacionadas ao Senado, à Unasul e ao mundo atual, para tratar de um assunto histórico, mas distante de nossa realidade. Li no jornal "O Globo", desta sexta feira, 14 de agosto de 2009, uma reportagem fantástica sobre novas descobertas do homem pré-histórico e a produção das primeiras lâminas de pedra, datadas agora em 160 mil anos atrás. Vale à pena ler esta reportagem:

"O homem aprendeu a usar o fogo para fabricar armas afiadas muito antes do que se imaginava. Vestígios descobertos na África do Sul mostram que há mais de 70 mil anos o ser humano já manipulava as chamas como aliadas, para obter lâminas afiadas com as quais poderia caçar, guerrear e até mesmo fazer enfeites com mais eficiência. Na verdade, lâminas pré-históricas sugerem que a prática de usar fogo para obter lâminas pode ter começado há cerca de 164 mil anos.

Se o estudo sobre a África do Sul estiver de fato correto, significará que o Homo sapiens moderno aprendeu a fazer armas com o uso do fogo logo depois de ter surgido como espécie.

Para o bem ou para o mal, o domínio do fogo para produzir lâminas afiadas alavancou mudanças culturais profundas e é resultado de um tipo de tecnologia que não se supunha ter surgido tão cedo, disseram os cientistas na edição desta semana da revista americana "Science".

A descoberta mostra que o domínio amplo sobre essa tecnologia surgiu pelo menos 45 mil anos antes do esperado, há 70 mil anos. Os arqueólogos, das Universidade do Arizona (EUA) e da Cidade do Cabo (África do Sul), chegaram a essa conclusão após recriar antigas ferramentas escavadas em Pinnacle Point, em Still Bay, na África do Sul.

A reconstituição de instrumentos de pedra afiados mostrou que eles haviam sido deliberadamente expostos por longas horas ao fogo, e que o tipo de resultado obtido não poderia ser fruto acidental de incêndios naturais.

O estudo tem implicações sobre o conhecimento da evolução do próprio coportamento do ser humano, pois envolve um uso mais complexo de instrumentos (amoladores, facas e etc.), como também a linguagem e a arte. Arqueólogos supõem que foram tais adaptações de comportamento que permitiram ao ser humano deixar a África e começar a conquista do restante do mundo."

http://oglobo.globo.com/ciencia/mat/2009/08/14/homem-aprendeu-fazer-laminas-ha-164-mil-anos-757403630.asp

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Preocupação Sul-americana

Amigos, voltamos a postar no nosso blog, refletindo sobre a questão da colocação de bases militares estadunidenses dentro do território colombiano. Os Estados Unidos, com a permissão do governo da Colômbia implantarão bases para auxiliar o governo Álvaro Uribe no combate às drogas. Pelo menos é a versão oficial para que isso ocorra, confirmada pelo conselheiro de segurança nacional do governo Barack Obama, o general James Jones.
Aparentemente, é algo justificável, uma vez que, se o principal mercado consumidor de drogas, em todo o planeta, são os Estados Unidos, nada mais interessante para eles do que auxiliar o combate à produção dessa mercadoria na fonte, ou seja, dentro da América do Sul e, em especial, a Colômbia. Se você reduz a fonte do produto, reduz a oferta do mesmo, eleva o seu preço e, pela lógica da "Lei da Oferta e da Procura", haveria uma queda no consumo.
Entretanto, os líderes dos países sul-americanos, obviamente encabeçados pelo tranquilo Hugo Chávez, não interpretam dessa forma, achando que existem outros interesses nessa implementação, principalmente, se observarmos o passado das relações dos Estados Unidos com a América do Sul [não podemos esquecer o apoio direto do governo estadunidense aos golpes militares nessa região, como no caso do Brasil, em 1964, e no Chile, em 1973].
Ontem, dia 10 de agosto de 2009, ocorreu mais uma reunião da Cúpula da Unasul, organismo composto pelos nações sul-americanas, na cidade de Quito, Equador. Seria uma reunião de mudança na presidência temporária do bloco, onde a presidente chilena Michelle Bachelet passaria o cargo para o presidente equatoriano, Rafael Correa, que estava também assumindo o seu segundo mandato como presidente do país, nesse mesmo dia. Ou seja, a reunião tinha apenas o caratér simbólico de transmissão do cargo e ponto final.
Porém, os presidentes Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), juntamente com o próprio Correa, usaram o momento para polemizar nessa questão das bases militares, assumindo um tom beligerante. Para Chávez, "Ventos de guerra começam a soprar sobre a região. Isso pode se transformar numa nova tragédia". Morales afirmou que "é preciso salvar o próprio povo colombiano do avanço militar americano". E Correa complementou dizendo ser hipócrita afirmar que essa questão é apenas algo ligado à soberania de cada país. "Então, quando é programa nuclear, tem de ser de soberania também. Quando o problema é contra os EUA, é uma ameaça planetária. Quando é contra a Venezuela e o Equador, é questão de soberania?"
Mesmo com discursos para amenizar a problemática, tanto pelo próprio Lula, que recebera o general James Jones na semana passada, quanto pela presidente argentina Cristina Kirchner, o centro das atenções dessa reunião da Unasul, foi o tom mais forte dos demais presidentes. Tanto é que Lula propôs convocar Obama para discutir com o bloco essas questões, onde não podemos esquecer de dois fatos, além das bases: Os Estados Unidos reativaram a Quarta Frota, em águas do Atlântico Sul, desativada há décadas; e a proposta feita semana passada, por Jones, de dar tecnologia bélica para o Brasil, em troca da permissão de se explorar o pré-sal.
Será mesmo que o interesse dos EUA é somente o combate às drogas? Ou há o interesse nas riquezas minerais e naturais da região, como o caso do pré-sal brasileiro, ou até mesmo as riquezas da Floresta Amazônica [ops, as bases ficarão situadas nessa região].
A reunião da Unasul terminou sem decidir nada, pois houve um racha entre as nações. Umas, lideradas pela Venezuela, buscavam um tom mais radical, e outras, como o Peru, apoiando as decisões da Colômbia, não vendo nenhuma preocupação nesse sentido.
Amigos, temos que continuar observando esse problema, pois o imperialismo sempre começou com um discurso de ajudar, levar o progresso, fazer o bem para a região onde se instala. Mesmo Barack Obama sendo o símbolo da esperança, não podemos eliminar o contexto de interesses do seu país, e que ele representa esses interesses. Ficamos de olhos abertos.

Paz e Bem para todos.

DOMINUS VOBISCUM !!!

domingo, 9 de agosto de 2009

Reflexão Rápida

Amigos, tenho tanta coisa pra escrever e analisar, junto com o apoio de vocês. Mas, farei uma reflexão rápida sobre algo que postei no dia 28 de julho de 2009, relacionado ao convênio das duas maiores prefeituras do país, Rio de Janeiro e São Paulo, com a Fundação Cacique Cobra Coral. Nesta postagem, tendo como fonte a Revista Veja daquela semana, afirmava que os prefeitos faziam consultas a esta fundação, para que o clima não trouxesse nenhuma catástrofe para essas regiões.
Bem, num dos trechos da reportagem, é dito que o prefeito gostaria de um veranico, neste período que estamos vivenciando, para que a gripe suína não fizesse tantas vítimas como se fosse num período de frio intenso. Pois bem, não é que aquilo colocado na reportagem realmente ocorreu? Realmente, estamos passando por um período de "veranico", onde não se tem feito tanto frio, quanto o esperado. Será que é influência do Cacique Cobra Coral? O Cacique não tem como dissipar a tempestade que passa pelo Senado Federal?
Veja esta reportagem indicada e comente a tua opinião.
Paz e Bem para todos.
DOMINUS VOBISCUM !!!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Escândalos no Senado Federal

Amigos, os últimos dias têm sido bem intensos no Senado Federal. Ontem, o presidente da Casa, o senador José Sarney, realizou um discurso de defesa de todas as acusações que vem enfrentando nos últimos meses. Num discurso de aproximadamente 50 minutos, Sarney disse que enfrenta uma "campanha sistemática" para desestabilizá-lo e afirmou desconhecer as nomeações por atos secretos.

O senador usou boa parte do tempo fazendo um histórico sobre sua vida política, completando quase 55 anos, desde a sua primeira eleição em 1955, como deputado federal pelo Maranhão, aos 25 ans de idade. Além dos atos secretos, Sarney tentou rebater as denúncias sobre o favorecimento ao neto, nas operações de crédito consignado, a contratação do namorado da neta e os contratos da Fundação José Sarney.

Embora tenha feito um discurso muito bonito e centrado, ele não conseguiu convencer, segundo os defensores de sua saída da presidência, para amenizar a crise que circunda o Senado Federal. O deputado maranhense Domingos Dutra (PT - MA), forte opositor da família Sarney no estado, de acordo com a Folha Online, disse: "Há muita gente que pergunta o que pode perguntar, por que o senador Sarney, que ontem gritou da tribuna do Senado que está com 55 anos de mandato, por que razões ele tem esse poder tão longo. Uns devem concluir apressadamente que é porque ele é um líder. Na verdade, o senador Sarney não é um líder. O senador Sarney é um cacique e mantém esse poder tão longo porque é dissimulado, porque não tem identidade política, porque é vingativo e, sobretudo, porque é um camaleão".

Aliás, a situação do senador ainda se complica, de acordo com a reportagem de hoje no jornal "A Folha de São Paulo", pois o presidente Sarney recebe dos cofres públicos cerca de R$ 52 mil mensais, mais do que o dobro permitido pela Constituição, que estabeleceu como teto salarial o subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, hoje de R$ 24.500. Isto ocorre, segundo a reportagem, uma vez que, além do salário de senador (R$ 16.500), Sarney acumula duas aposentadorias no Maranhão que totalizavam o valor de R$ 35.560,98 em 2007, segundo documento obtido pela Folha. Veja trechos do discurso do senador:

http://noticias.uol.com.br/politica/2009/08/06/ult5773u1937.jhtm

Agora, o marco da semana foi o quiprocó ocorrido no dia de hoje, também no Senado. Por pouco o pau não comeu, hehehe. Eu me senti no Parlamento sul-coreano, onde os congressistas resolvem as coisas no braço. O incidente envolveu os senadores Renan Calheiros (PMDB - AL) [já está na hora de alguém se opor a ele, o cara se acha o dono do pedaço] e Tasso Jereissati (PSDB - CE) [não sou muito chegado ao PSDB, mas aplaudo a atitude do Jereissati]. Veja o ocorrido:

http://noticias.uol.com.br/politica/2009/08/06/ult5773u1937.jhtm

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Clinton consegue libertar jornalistas americanas

É meus amigos, a diplomacia americana conseguiu um feito histórico, através da visita do ex-presidente norte-americano Bill Clinton (1993-2001) à Coreia do Norte: libertar as jornalistas Laura Ling e Euna Lee. Depois do tenebroso período de George W. Bush (2001-2009), onde o diálogo foi substituído pelo uso da força, em especial, após os atentados terroristas ao país, no 11 de setembro de 2001, e alguns países foram taxados de "Eixo do Mal" [dentre eles, a própria Coreia do Norte], a nova postura do governo estadunidense de Barack Obama, realmente, é uma vitória para o mundo globalizado.
Mesmo que oficialmente a visita do presidente Clinton tenha sido "particular" e não realizada pelo governo Obama, sabemos que isso não é real, uma vez que, a ex-primeira dama, Hillary Clinton, é a atual secretária de Estado do país, algo parecido com o nosso ministro das Relações Exteriores, aqui no Brasil.
O que é fundamental destacar, é realmente a mudança de estilo, onde algo foi conseguido sem o uso de armas, apenas com o diálogo entre dois países. Talvez isso demonstre que o mundo está seguindo por um novo rumo, com a diminuição de atentados terroristas no planeta, embora alguns atos isolados ainda podem ocorrer na Europa e no Oriente Médio, como o que aconteceu na Espanha nos últimos dias ou os frequentes atos no Iraque e no Afeganistão.
Outro ponto a se destacar hoje, é a posse de Mahmoud Ahmadinejad no Irã, para um segundo mandato, mesmo com as controvérsias no pleito eleitoral ocorrido em junho. Uma nova posse não encerra as insatisfações internas, que levam milhares às ruas, em oposição a este novo período do governo linha-dura de Ahmadinejad. Vários países, além de criticarem a eleição, também não enviaram a tradicional carta de congratulação ao presidente, dentre eles Estados Unidos, França, Alemanha e Grã-Bretanha.
Ahmadinejad sempre teve uma postura controversa, negando a existência do Holocausto, como uma forma de atingir Israel, e o investimento num suposto programa nuclear para produção de energia elétrica,visto pela comunidade internacional como forma de se produzir armamento nuclear. Não podemos esquecer da relação amistosa entre Ahmadinejad e Hugo Chavez, como uma clara manifestação contra os Estados Unidos. Veremos como será esse segundo mandato e ver se ele realmente é uma ameaça ao planeta, ou apenas mais um que fala demais e age de menos.
Vale a pena assistir essa reportagem da BBC Brasil sobre a posse de Ahmadinejad:

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Não é só no Brasil que vemos essas coisas acontecerem...

Amigos, fiquei espantado em ver que no Reino Unido, reduto da moral e da ética política, local onde ocorreu a tomada do poder pelo Parlamento e a queda do absolutismo [Revoluções Inglesas, século XVII], também acontece o jeitinho político de ganhar algum por fora, através de verbas de moradia. Veja a reportagem da BBC sobre o assunto, noticiada ontem:
"Um lorde britânico, integrante da Câmara dos Lordes, está sendo acusado de receber mais de 70 mil libras (R$ 218 mil) de dinheiro público em auxílio-moradia por dizer que morava fora de Londres com sua mãe doente, segundo o jornal Sunday Times. No entanto, sua mãe já havia morrido e a casa onde ele declarava morar já havia sido vendida.
O lorde John Taylor, de Warwick, declarou à Câmara dos Lordes que morou entre 2001 e 2007 com sua mãe em uma casa nas Midlands, região central da Inglaterra.
Os lordes que trabalham no Parlamento, em Londres, e moram oficialmente fora da capital têm direito a receber 174 libras (cerca de R$ 540) por noite como auxílio-moradia, para despesas com hotéis ou aluguel.
No entanto, uma reportagem do jornal Sunday Times revelou que Taylor mora desde 1995 em Ealing, no oeste de Londres. A casa onde ele alegava morar com sua mãe doente nas Midlands foi vendida em 2001, ano em que ela morreu.
Em nota ao jornal, Taylor defendeu-se dizendo que passou parte do tempo trabalhando como advogado nas Midlands, e por isso declarou a sua casa na região como residência oficial. No entanto, os últimos registros de que Taylor praticou advocacia na região são de 1993, segundo o jornal.
Integrantes da Câmara dos Comuns e da Câmara dos Lordes, na Grã-Bretanha, estão sendo investigados por supostos abusos no uso de verbas públicas cometidos por parlamentares.
A onda de denúncias mergulhou a classe política do país em uma crise e motivou renúncias e reformas no gabinete do primeiro-ministro Gordon Brown, do Partido Trabalhista.
Taylor, um advogado de 56 anos, tornou-se lorde em 1996 por indicação do Partido Conservador. Ele ganhou alguma notoriedade na Grã-Bretanha em 1992, quando concorreu a uma vaga no Parlamento representando Cheltenham, um tradicional reduto dos conservadores, mas acabou perdendo a disputa. Na época, ele sofreu preconceito racial dos próprios conservadores na região.
"


Clinton se encontra com líder da Coreia do Norte em visita surpresa

"O ex-presidente americano Bill Clinton se encontrou nesta terça-feira com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Il, segundo informações de uma agência de notícias da Coreia do Sul. A notícia foi confirmada pelo governo norte-coreano, que não revelou detalhes sobre o encontro.
De acordo com a agência sul-coreana Yonhap, Clinton transmitiu a Kim Jong-il uma mensagem do presidente americano Barack Obama. Clinton está em Pyongyang em uma visita surpresa, que, segundo analistas, teria como principal objetivo obter a libertação de duas jornalistas americanas presas no país.
O governo americano não anunciou com antecedência a viagem de Clinton, mas um comunicado divulgado pelo Departamento de Estado
após a sua chegada ao país diz que trata-se uma "visita privada".
O ex-presidente é a personalidade americana de mais alto escalão a visitar a Coreia do Norte desde 2000, quando a então secretária de Estado americana, Madeleine Albright, esteve em Pyongyang.
Analistas afirmam que, além de tentar mediar a libertação de Laura Ling e Euna Lee, Clinton poderia ainda tentar avançar na negociação sobre as ambições nucleares norte-coreanas.
De acordo com a agência estatal norte-coreana, Clinton também foi recebido pelo vice-ministro de Relações Exteriores, Kim Kye Gwan, e por outras autoridades do país.
As jornalistas Euna Lee e Laura Ling foram presas em março, depois de supostamente terem cruzado a fronteira da Coreia do Norte com a China. Elas foram condenadas a 12 anos de trabalho forçado por "atos hostis" e por terem entrado ilegalmente no país.
Em julho, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que esperava que o governo norte-coreano libertasse as duas jornalistas. As duas estavam fazendo pesquisas para uma matéria sobre refugiados quando foram presas.
A relação entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos ficou mais tensa principalmente após os testes com mísseis realizados por Pyongyang. Ainda segundo analistas, Kim Jong-Il estaria disposto a melhorar as relações com os Estados Unidos, à medida que se prepara para nomear um sucessor. Kim teria sofrido um derrame há um ano, e sofre de diabetes e doenças cardíacas. Analistas afirmam que seu terceiro filho já estaria sendo preparado para assumir o poder no país.
"
Veja o vídeo da reportagem no link:

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Os últimos dias foram movimentados

Bem, meus amigos, os últimos dias foram bem movimentados no cenário político brasileiro e internacional. Vimos desde o presidente Lula saindo de "fininho" da defesa do senador José Sarney, até o bate-papo informal, movido a cerveja, do presidente estadunidense Barack Obama. Veremos e analisaremos os principais fatos desses dias...

1. O Comentário do presidente Lula
"O Senado não é problema meu. Não votei no Sarney para ser presidente do Senado nem votei para ele ser ser senador do Maranhão", disse o presidente Lula, que até então era o principal defensor da manutenção do presidente do Senado Federal, o senador José Sarney. Lula foi capaz, inclusive de impor uma mudança na postura da bancada de senadores do PT, liderada por Aloizio Mercadante, que havia pedido o afastamento de Sarney.
Agora, o que levou o presidente a mudar de opinião? Muitos acreditam que a queda na aprovação de Lula em até três pontos percentuais, diante da opinião pública, já demonstrada pelos institutos de pesquisa, pode ser o principal fator da mudança de Lula. Defender o presidente do Senado, estava sendo desgastante demais para a imagem dele. Outros dizem que a própria demonstração, por parte de Sarney, que deixaria à presidência, sendo o quarto a fazer isso nos últimos dez anos [os outros foram ACM, Jáder Barbalho e Renan Calheiros], também promoveu uma nova postura do nosso presidente.
Infelizmente, até pelo fato do Executivo ser refém deste partido nefasto, que é o PMDB, faz com que o chefe deste Poder acabe sendo o principal defensor do último coronel, líder máximo de uma oligarquia nordestina. Não podemos esquecer que, em 2002, Fernando Henrique Cardoso, perdeu parcialmente o apoio pemedebista após o escândalo do dinheiro descoberto em poder do marido da então pré-candidata do PFL [hoje Democratas], Roseana Sarney. Ops, filha de José Sarney, levando a este ex-presidente do país, alvo preferencial de Lula na campanha de 1989, a se tornar o principal elo de ligação do PMDB, na época vice na chapa PSDB à presidência, ao candidato petista.

2. Obama media polêmica racial

Foi noticiado em "O Globo", do dia 31 de julho de 2009: "O presidente Barack Obama elegeu a cerveja como o grande instrumento diplomático para solucionar sua primeira polêmica racial na presidência. Numa cena que, segundo o 'New York Times', não seria imaginável com nenhum outro presidente americano, Obama reuniu para uma cervejinha em volta de uma mesa nos jardins da Casa Branca dois brancos e dois negros numa conversa destinada a estabelecer uma nova forma de tratar questões raciais no país.

Além de Obama e de seu vice, Joe Biden, estavam lá o professor negro de Harvard Henry Louis Gates Jr. e o sargento branco da polícia de Cambridge James Crowley, os dois protagonistas do incidente.

A confusão começou quando o professor, renomado autor de livros sobre o movimento negro e condecorado no passado pelo então presidente Bill Clinton, chegou de noite em casa, após uma viagem à China, sem as chaves. Com a ajuda de um taxista hispânico, ele arrombou a porta da própria casa. Mas, uma vizinha estranhou a cena e ligou para a polícia. Pouco depois, ele foi interpelado pelo policial. As versões do professor e do policial sobre o diálogo que se seguiu divergem, mas o fato é que Gates, que diz ter sido alvo de racismo, foi preso por desacato a autoridade e o episódio mereceu comentário do presidente Obama no dia seguinte:'a polícia de Cambridge agiu estupidamente', disse, gerando grande repercussão".
(O Globo, 31 de julho de 2009, sessão O MUNDO, página 39).