quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Escândalos no Senado Federal

Amigos, os últimos dias têm sido bem intensos no Senado Federal. Ontem, o presidente da Casa, o senador José Sarney, realizou um discurso de defesa de todas as acusações que vem enfrentando nos últimos meses. Num discurso de aproximadamente 50 minutos, Sarney disse que enfrenta uma "campanha sistemática" para desestabilizá-lo e afirmou desconhecer as nomeações por atos secretos.

O senador usou boa parte do tempo fazendo um histórico sobre sua vida política, completando quase 55 anos, desde a sua primeira eleição em 1955, como deputado federal pelo Maranhão, aos 25 ans de idade. Além dos atos secretos, Sarney tentou rebater as denúncias sobre o favorecimento ao neto, nas operações de crédito consignado, a contratação do namorado da neta e os contratos da Fundação José Sarney.

Embora tenha feito um discurso muito bonito e centrado, ele não conseguiu convencer, segundo os defensores de sua saída da presidência, para amenizar a crise que circunda o Senado Federal. O deputado maranhense Domingos Dutra (PT - MA), forte opositor da família Sarney no estado, de acordo com a Folha Online, disse: "Há muita gente que pergunta o que pode perguntar, por que o senador Sarney, que ontem gritou da tribuna do Senado que está com 55 anos de mandato, por que razões ele tem esse poder tão longo. Uns devem concluir apressadamente que é porque ele é um líder. Na verdade, o senador Sarney não é um líder. O senador Sarney é um cacique e mantém esse poder tão longo porque é dissimulado, porque não tem identidade política, porque é vingativo e, sobretudo, porque é um camaleão".

Aliás, a situação do senador ainda se complica, de acordo com a reportagem de hoje no jornal "A Folha de São Paulo", pois o presidente Sarney recebe dos cofres públicos cerca de R$ 52 mil mensais, mais do que o dobro permitido pela Constituição, que estabeleceu como teto salarial o subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal, hoje de R$ 24.500. Isto ocorre, segundo a reportagem, uma vez que, além do salário de senador (R$ 16.500), Sarney acumula duas aposentadorias no Maranhão que totalizavam o valor de R$ 35.560,98 em 2007, segundo documento obtido pela Folha. Veja trechos do discurso do senador:

http://noticias.uol.com.br/politica/2009/08/06/ult5773u1937.jhtm

Agora, o marco da semana foi o quiprocó ocorrido no dia de hoje, também no Senado. Por pouco o pau não comeu, hehehe. Eu me senti no Parlamento sul-coreano, onde os congressistas resolvem as coisas no braço. O incidente envolveu os senadores Renan Calheiros (PMDB - AL) [já está na hora de alguém se opor a ele, o cara se acha o dono do pedaço] e Tasso Jereissati (PSDB - CE) [não sou muito chegado ao PSDB, mas aplaudo a atitude do Jereissati]. Veja o ocorrido:

http://noticias.uol.com.br/politica/2009/08/06/ult5773u1937.jhtm

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